História Micronacional

História Micronacional da Escandinávia

Museu Nórdico em Estocolmo

O Reino Micronacional da Escandinávia com a configuração que nós conhecemos atualmente tem existência mais recente, e é resultado do chamado projeto nacional nórdico. No entanto, a história micronacional nórdica tem início alguns anos antes, no Principado de Terranova.

A Fundação de Terranova

A Declaração de Fundação de Terranova, datada de 28 de janeiro de 2018, é a certidão de nascimento da Escandinávia e define oficialmente esta data como aquela que marca o surgimento do Reino Micronacional da Escandinávia, naquela época ainda denominado Principado Aristocrático de Terranova.
A Declaração foi produzida pelo Congresso de Utopia, o qual reuniu pela primeira, e única vez, os seis micronacionalistas que deram origem à micronação. A reunião teve início no dia anterior e durou mais de quarenta dias, nos quais se debateu a formação do novo projeto micronacional, quais seriam as bases de suas estruturas políticas, administrativas e diplomáticas, como se daria a relação entre os seis fundadores e, não menos importante, como seria o posicionamento de Terranova perante o micromundo. Utopia produziu dois importantes documentos históricos, a própria Declaração de Fundação e, um pouco mais tarde, a Carta Constitucional do Principado Aristocrático de Terranova.

A Declaração de Fundação

Na Declaração de Fundação, os pioneiros, como são denominados os seis primeiros membros do projeto, apresentam Terranova para o micromundo e adotam o setor lusófono como seu espaço de atuação prioritário. Um marco deste documento é a definição de que novo projeto micronacional adotaria um espaço geográfico fictício, localizado ao norte do Oceano Atlântico entre a Península Ibérica e o sul da Inglaterra.
Desde aquela época, o objetivo já era firmar um novo projeto micronacional fundado na tradição e na cultura nórdica, por isso se definiu uma saga nacional baseada nas viagens de Bjorn Járnsida (Biorno Flanco de Ferro) à Península Ibérica em 840 da era cristã. Quando uma parte da incursão se desprendeu de seus pares, após uma forte tempestade, e naufragou no Arquipélago dos Aflitos (fictício). Os sobreviventes, liderados pelo próprio Bjorn organizaram um assentamento que deu origem ao povo de Terranova.

Bjorn Járnsida naufraga no arquipélago dos Aflitos durante suas incursões à Península Ibérica.

A Carta Constitucional

Apesar de sua importância histórica, a Declaração de Fundação é um documento vago que buscava mais apresentar o novo projeto micronacional para a comunidade lusófona que, de fato, dar as bases de sua organização política e administrativa. Este papel coube à Carta Constitucional do Principado Aristocrático de Terranova, a qual ficou pronta mais de quarenta dias depois.
Documento de caráter mais legal, a Constituição faz as adaptações necessárias e aplica os princípios dos direitos civis ao hobby micronacional (artigo I), além disso, ela define o funcionamento do sistema de governo que ainda hoje organiza as relações na Escandinávia, a Monarquia Aristocrática. O texto ainda determina a organização das Grandes Casas Nobres, cada uma delas chefiada por um dos pioneiros. Formada por apenas dez artigos, as regras e as doutrinas criadas pela Carta Constitucional foram mantidas em vigor mesmo após a unificação e ainda estão presentes no texto a nova Carta Fundamental de 2021.

Solar de Itaka na cidade de Táris em Pathros, local onde viveu o Rei Bjorn IV antes do exílio.

O Período pré-nórdico

Embora a história da Escandinávia micronacional tenha início em janeiro de 2018. Compreendê-la exige conhecer alguns dos fatores que levaram ao seu surgimento e que remontam a fatos que ocorreram desde dois anos antes, quando a maioria de seus pioneiros eram cidadãos do Reino de Pathros.
Entre 2016 e 2017, o Reino de Pathros passou por um período de grande atividade doméstica e consequente proeminência internacional, capitaneada, à época pelo Rei Vinícius IV de Pathros. Alguns daqueles que seriam os futuros pioneiros nórdicos, com mais experiência micronacional, já eram figuras importantes do governo pathrano, enquanto outros ainda estavam em ascensão, ocorre que havia um bom clima no projeto e as pessoas se entendiam bem. Animado com a nova fase que a nação passava, após um longo período de inatividade, o Rei Vinicius IV decidiu refundar os partidos políticos nacionais e chamar eleições legislativas.
A retomada da atividade legislativa e a consolidação do modelismo político criou ainda mais ânimo entre os cidadãos, e a Câmara Baixa do reino percebeu a necessidade de se revisar a legislação de Pathros, desburocratizando alguns processos e ampliando a democracia interna, em um movimento que tinha como principal objetivo a modernização do seu projeto micronacional. Desde o início, a reforma despertou o interesse e o empenho de grande parte dos deputados, tanto os parlamentares do Partido Liberal, que puxava o programa de reformas, quanto aqueles do Partido Conservador, participaram e aprovaram as novas legislações que, aos poucos, foram modernizando as práticas micronacionais pathranas.
O Rei procurava manter aparente distanciamento das questões políticas e parecia respeitar as decisões da Câmara Baixa, enquanto o Governo, que à época tinha à frente o Primeiro-Ministro Julio Cesar Logos, mantinha um discurso de entusiasmo com as propostas liberais, mas nos bastidores atuava para enfraquecê-las. A relação entre a Câmara Baixa e o Governo degringolou quando a casa legislativa aprovou por ampla maioria reformas nos estatutos que definiam o processo de escolha do chefe de governo, mas o Rei, visivelmente influenciado pelo Primeiro-Ministro, veio a vetar as leis, com argumentos que foram considerados insuficiente pelos deputados. O veto iniciou uma série de críticas ao Governo e ao Rei, acusados de não serem democráticos e de não agirem de forma respeitosa com o Parlamento. Em resposta, os liberais que atuavam em cargos de estado foram exonerados ou forçados a isso, entre eles, o atual Rei Bjorn IV, que ocupava o cargo de Reitor da Universidade de Pathros e Vice-Chanceler.
As ações, tidas como duras e unilaterais, dividiram os cidadãos pathranos, esfriaram os ânimos domésticos e tiveram consequências severas. A primeira baixa veio do próprio Partido Conservador, no final de outubro de 2017, o líder do partido na Câmara, o pioneiro Rhaegar Anduil, deixou Pathros para fundar um novo projeto no território micronacional da Pensilvânia estado-unidense. Menos de um mês depois, a crise matrimonial provocada por divergências políticas também levou à saída da pioneira Elizabeth Umbrio. Por último, no final do mês de dezembro, foi a vez de Fellow e Tywin Nyttland deixarem a micronação.

Novos rumos no exílio

As armas do Barão de Megara, que foram concedidas a Sir Fellow Nyttland em 2016, e foram cassadas pelo Reino de Pathros no ano de 2018.

Percebendo que nenhum deles conseguiria efetivamente participar dos rumos de Pathros, que estavam nas mãos intransigentes de um pequeno grupo, vários cidadãos foram deixando o reino, alguns para fundar seus próprios projetos, outros para tentar a sorte em outras micronações. Informalmente, porém, todos já cogitavam e debatiam a possibilidade de organizarem um novo projeto, onde poderiam verdadeiramente aplicar seus entendimentos sobre a prática micronacional. E a experiência de Rhaegar na Pensilvânia foi, sem dúvidas, o primeiro passo que deu coragem aos demais pioneiros de, efetivamente, tirar uma nova micronação do papel.
Tywin Nyttland, ainda no mês de novembro de 2017, iniciou uma série de conversas informais tanto com o Kfah Abbas I da Escorvânia, quanto com o Kaiser Guilherme III Luis da Alemanha, relacionamentos que ele havia construído por meio da vice-chancelaria pathrana e de sua posição como Secretário-Geral da Liga das Nações. Ambos foram cordiais, relataram suas experiências na criação de suas próprias micronações e, no primeiro momento, desencorajaram Tywin de fundar um novo projeto. As conversas duraram várias semanas e, aos poucos, cada um ao seu modo, foram instruindo e capacitando o futuro rei na prática do bom micronacionalismo.
Foi apenas em janeiro de 2018 que as conversas ainda informais e desencontradas começaram a render frutos e os seis pioneiros tomaram a iniciativa de fundar o Principado de Terranova. Quatro deles, exilados de Pathros, Rhaegar Anduil, Elizabeth Umbrio, Fellow e Tywn Nyttland, outros dois eram novos micronacionalistas, Ander Batland e Henrike Lothbrok.

Monumento aos Desbravadores Nórdicos na cidade de Solaris em Terranova

O período de Terranova

O Congresso de Utopia definiu a criação das Casas Nobres, uma para cada pioneiro. Rhaegar deu origem à Casa Anduil, Ander à Casa Batland, Elizabeth Umbrios à Casa Ishkur, mais tarde redenominada como Casa Nordgaard, Henrike à Casa Lothbrok. Fellow e Tywin, mais próximos, decidiram por se tornarem irmãos micronacionais e criaram a Casa Waldorf-Darcy, que pouco tempo depois foi redenominada para Casa Nyttland.
No mesmo Congresso, Tywin foi eleito pelos seus pares como Príncipe Soberano da nova micronação, com poderes vitalícios de chefe de estado e a Casa Waldorf-Darcy tornou-se a primeira casa reinante em Terranova. Ander Batland assumiu como primeiro chefe de governo, tendo o apoio de Henrike na Fazenda. Fellow Nyttland recebeu a responsabilidade de criar as bases da política de relações exteriores do novo governo.
Elizabeth Umbrios passava por mais uma crise pessoal, dessa vez com seu pai micronacional, o Kafah da Escorvânia, além disso, estava dividida entre Terranova e seu papel de outros projetos micronacionais, por isso não assumiu nenhuma função senão a de parlamentar. Rhaegar, por sua vez, preferiu auxiliar o governo sem cargos.
Os primeiros meses foram marcados pela consolidação do funcionamento político e administrativo de Terranova, o que coube ao governo de Batland. Enquanto o Príncipe Tywin e seu irmão Fellow se dedicavam à política externa.
A estratégia internacional de Terranova, cujos princípios estão na Exortação Principesca sobre a Política Externa, de maio de 2018, outro documento histórico de grande importância, demonstrou-se vitoriosa. A tática foi esperar 100 dias para publicar os primeiros tratados de reconhecimento, dando tempo para a consolidação doméstica da nação, a organização do governo e o início dos primeiros contatos internacionais. Na segunda fase, a partir de maio de 2018, buscou-se construir uma ampla gama de acordos bilaterais de reconhecimento, com o objetivo de dar sustentação e vigor ao novo projeto na comunidade internacional. A França, por ação direta de Elizabeth Umbrios, foi a primeira micronação a reconhecer o novo Principado de Terranova, seguida pela Escorvânia.

A oposição pathrana

As armas do Barão de Itaka, que pertenceram ao Rei Bjorn IV e foram cassadas pelo Reino de Pathros em 2018.

Inconformado com a saída de vários de seus cidadãos, quatro dos quais em Terranova, e com a formação do novo projeto micronacional, o governo de Pathros iniciou uma política de combate veemente ao governo terranovano. Inicialmente com medidas de ataques pessoais como a cassação de títulos de nobreza e privilégios, mais tarde com a publicação de notas internacionais e boicotes ao governo de Terranova nos órgãos multilaterais.
Neste período, tanto o governo da Escorvânia quanto o governo da Alemanha defenderam o direito de autodeterminação das pessoas dentro do micronacionalismo, inclusive o direito legítimo de se associarem para criar novas micronações, e apoiaram a causa terranovana. Com o amplo apoio que a comunidade internacional deu ao Principado, Pathros recuou e passou a manter uma política de isolamento em relação à Terranova, fechando todos os canais bilaterais de comunicação e interlocução internacional. O Príncipe Tywin e Júlio Cesar Logos mantiveram as boas relações pessoais entre si e várias vezes tentaram aproximar suas micronações, sem sucesso porém.

A consolidação de Terranova

Já no final de 2018, ainda antes de seu primeiro aniversário, o Principado de Terranova já era uma micronação reconhecida por toda a lusofonia, ator ativo no cenário internacional. Apesar do confronto com Pathros, o governo terranovano mantinha posição de neutralidade e evitava tomar partido diretamente nos conflitos internacionais da época.
Neste período, um grupo de micronacionalistas e as micronações ligadas a eles iniciaram um forte discurso antigermânico, em uma clara tentativa de enfraquecer e isolar o Império Alemão. A Coroa Terranovana que mantinha relações amigáveis com a Alemanha e já havia recebido apoio deles durante a criação do seu projeto e, mais tarde, durante a crise pathrana, não via cabimento em assumir nenhum posicionamento antigermanista, ainda que o próprio grupo de pioneiros estivessem divididos entre si, alguns ávidos opositores da política internacional do Império Alemão.
Após debater a situação com a Primigênie de Terranova, que era o conselho de pioneiros e funcionava como uma espécie de parlamento, e com o Departamento de Estado, responsável pela política internacional do principado, o Príncipe Tywin decidiu não tomar partido e não apoiar o movimento antigermânico, e em função disso foi duramente criticado pela chefa da Casa Ishkur, que defendia de forma intransigente uma política antigermânica agressiva e dura. Vencida pela maioria da Primigênie, Elizabeth Umbrio deixou o Principado de Terranova, indo viver na França e na União Platina.

O projeto nacional nórdico

Consolidada a estrutura doméstica do Principado de Terranova e os seus reconhecimentos bilaterais de grande parte da comunidade internacional surge um clamor interno para que o projeto deixasse de estar alocado em um território fictício e passasse a ocupar algumas das regiões ligadas à história macronacional dos povos nórdicos.
Até o final de 2018, o Reino de Asgard, além de seus territórios fictícios, reclamava a Islândia e a Groenlândia. As Ilhas Feroe, que faziam parte do território dinamarquês sob proteção do Império Alemão, também eram reclamadas por Asgard, embora a Alemanha reconhecesse como parte de seu território protegido. A Península da Escandinávia formada pela Suécia, Noruega e Finlândia estava desocupada e nenhuma micronação ativa reclamava a região.
Em Terranova, a Primigênia reconhecia que a cultura terranovana era uma das legítimas herdeiras e representantes da tradição nórdica e viking na lusofonia, em paralelo com os asgardianos, com o direito natural de assumir os territórios nórdicos que fossem terra nulius. Nessa época, nasce o grande projeto nacional nórdico, unificar as regiões vikings no entorno do Báltico, Mar Negro e Atlântico Norte, desde a Livônia, até os locais por onde Leifr Eiríksson passou na América do Norte.
Focados neste grande projeto nacional, o Departamento de Estado de Terranova fez um estudo detalhado sobre a situação dessas áreas e iniciou as negociações internacionais para assumir, na primeira etapa, a coroa dos estados da União de Kalmar: Suécia, que seria a base da renovação do projeto, Noruega e Dinamarca. Não havia, de fato, nenhuma micronação naquelas regiões, embora a família Saxe-Coburgo-Gotha, residente na França, declarasse a posse das terras da Suécia e da Noruega, mesmo que estivessem fora de qualquer nação, situação considerada estranha e irregular por uma parte significativa da comunidade internacional.
Acertou-se, então, com a Alemanha, protetora da Dinamarca, que o Príncipe Tywin de Terranova assumiria a Coroa Sueco-Norueguesa, até então inexistente, em um primeiro momento e, mais tarde, com a consolidação da nação, se negociaria a unificação da Dinamarca.

A população recebe o governo de Terranova na saguão da Torre de Muninn em Estocolmo.

O Reino da Suécia e Noruega

Em fevereiro de 2019, os trâmites internacionais para o estabelecimento do Reino da Suécia e Noruega, em regime de união pessoal com o Principado de Terranova, estavam prontos e acertados e o Príncipe Tywin estabeleceu a Coroa do Reino da Suécia e Noruega no dia 23 de fevereiro, contando com o apoio e o reconhecimento da Alemanha, Maurícia e Manso, outros novos reconhecimentos foram sendo atualizados e estabelecidos em pouco tempo.
Como rei da Suécia e Noruega, Tywin adotou o nome régio de Bjorn IV, em referência aos lendários reis Bjorn que deram origem à monarquia sueca histórica no século X. E a referência de Terranova, foi traduzida para o nórdico antigo como sendo Nyttland e passou a ser a nova denominação da Casa Real e Principesca.
Na mesma época, Tiago de Saxe-Coburgo-Gotha reclamou a Coroa da Suécia e Noruega, alegando que era o legítimo senhor das terras onde nascia o novo reino, chegando até a marcar a data de sua coroação. Iniciou-se um período de insegurança, no qual ambos os reclamantes da Coroa Sueco-Norguesa foram obrigados a construir aliados e argumentos que sustentassem as suas reclamações.
A situação foi resolvida de forma definitiva por meio de um acordo assinado no Palácio d’Egmont, o qual teve como árbitros o Império Alemão e as Províncias Unidas de Maurícia. O acordo reconheceu a legitimidade do pleito do Rei Bjorn IV Nyttland, e como medida mitigadora ofereceu a Coroa de Espanha ao reclamante Tiago de Saxe-Coburgo-Gotha.
O curto período do Reino da Suécia e Noruega em união pessoal com o Principado de Terranova durou poucas semanas. Já em 13 de abril de 2019, o Rei Bjorn IV Nyttland atendeu o apelo popular e unificou o Principado de Terranova e o Reino da Suécia e Noruega, criando o Reino Micronacional da Escandinávia, sob a égide da Coroa dos Nórdicos.

Homem instala a nova bandeira da Escandinávia no topo do Monumento aos Desbravadores na cidade de Solaris em Terranova, durante a manifestação pela unificação da Escandinávia.

O Reino da Escandinávia

A unificação para o Reino da Escandinávia foi natural e sem tumultos de ordem doméstica. E com a instituição do Reino, teve início uma nova fase do projeto nacional nórdico e a consolidação de outras regiões
Na esfera internacional, porém, a situação era um pouco mais tumultuada. O Império Russo espalhava seu domínio por grande parte do leste europeu e apontava seus olhos de cobiça sobre o espaço nórdico. Em uma política expansionista agressiva sem precedentes sobre as regiões consideradas desocupadas, o governo russo deitou as mãos sobre a Finlândia, apesar dos veementes protestos da Escandinávia, da Alemanha e do confuso governo de Kárnia-Ruthênia / Eslávia.
Durante meses, as negociações entre os nórdicos e os russos se mostraram infrutíferas, já que o tzar da Rússia mantinha a posição de negociar os interesses da Escandinávia na Finlândia em troca de benefícios com a Eslávia, o que era irracional e impossível, já que as relações entre Escandinávia e Eslávia não eram próximas a este ponto. A dificuldade de negociação com a Rússia não avançou e culminou com o encerramento sistemático das relações diplomáticas entre o governo nórdico e o governo moscovita. Outros entes internacionais enfrentavam dificuldades semelhantes, fora fazendo vistas grossas e a situação do expansionismo não se encontrava uma solução definitiva.
Foi apenas com as negociações em torno do Tratado de Neuschwanstein, mais especificamente em 19 de janeiro de 2020, que a Escandinávia, a Alemanha e a Rússia assinaram o acordo, parte integrante do Tratado maior, que libertava a Finlândia do domínio russo e a integrava finalmente, ao Reino da Escandinávia.
Esta primeira fase do Reino da Escandinávia marcou a ampliação do projeto nacional nórdico, sobretudo no que diz respeito à consolidação territorial. Neste momento, vários atos merecem destaque, entre eles: O Tratado de Tonsberg pelo qual a Inglaterra entregou as Ilhas Shetland em 4 de junho de 2019. O Reino de Asgard uniu-se à Escandinávia por meio do Tratado de Fredrikstad em 8 de agosto de 2019. E, enfim, em 15 de agosto de 2020, a Alemanha entregou a Dinamarca por meio do Tratado de Sonderburg.
Na aurora de seu terceiro ano, o vasto território nórdico é formado pela Suécia, Noruega, Finlândia, Dinamarca, as Ilhas Feroe, e Shetland, a Islândia, a Groenlândia, além de Nunavut, Labrador e Terranova na América do Norte.

A cidade de Kopenhagen. A Dinamarca micronacional uniu-se ao Reino da Escandinávia em 2020.

A questão do Ducado da Livônia

A Confederação da Livônia, projeto micronacional que ocupou as Terras Bálticas até o primeiro semestre de 2019, foi formada em junho de 2017, com a proposta de oferecer uma experiência micronacionalista de bases republicanas, diferente da absoluta maioria das micronações cujas estruturas de governo são monárquicas. A micronação teve um início pujante, logo estabeleceu um elegante grupo no Facebook e um site, e poucos meses depois já possuía estrutura administrativa funcional e Constituição. O primeiro chefe de estado foi o micronacionalista Dirley Dias, inicialmente como presidente provisório e, pouco mais tarde, confirmado pelo legislativo micronacional.

A personalidade de seus cidadãos mais influentes, as disputas e divergências internas, além do envolvimento em constantes polêmicas do universo micronacionalista fez com que o projeto fosse enfraquecendo e diminuindo rapidamente. Pouco mais de um ano depois de sua fundação, a Livônia constava apenas com duas figuras centrais e nenhuma relevância internacional.

Buscando recuperar a micronação, seus líderes implementaram mudanças políticas profundas, derrubaram a República, o que era o grande diferencial do projeto, e estabeleceram o novo reino, cuja coroa foi provisoriamente entregue ao Czar da Rússia (Proclamação do Reino da Livônia, publicada em novembro de 2018). A união do novo Reino da Livônia com a Rússia foi tumultuada e de curta duração, tendo sido dissolvida por insurreição popular em janeiro de 2019 (Declaração do Povo da Livônia de 18 de janeiro de 2019). O primeiro semestre de 2019, foi marcado pelo envolvimento da Livônia de conflitos e disputas internacionais, com destaque para a usurpação de terras e títulos pertencentes ao Reino da Eslávia. Sucessivas negociações de perda de soberania, os conflitos internos e os desgastes com a comunidade internacional esvaziou o projeto livônio, cuja morte pode ser simbolizada com a saída de um de seus principais líderes, Dirley Dias, convidado a compor o governo do Reino da Espanha.

Crise no Báltico

Preparando a extinção da Livônia, o líder do projeto tratou de negociar o destino dos seus espólios territoriais, negociando durante meses com o Reino da Escandinávia. A negociação, no entanto, foi interrompida bruscamente pelo representante livônio o qual entregou as terras unilateralmente para a Rússia e, de modo que, em maio de 2019 a região foi declarada governadoria russa.

Nessa época, as Terras Bálticas, já estavam incluídas no projeto nacional nórdico, o que, muitos comentaristas afirmam, pode ter prejudicado as negociações e precipitado a anexação russa, cujo governo sempre bateu de frente com a Escandinávia.

Durante as negociações para a normalização dos conflitos no território europeu e a elaboração do Tratado do Neuschwanstein, a Rússia concedeu independência plena às Terras Bálticas (Estônia e Letonia) formando o Ducado do Báltico, cuja Coroa passaria a ser indicada pelo Império Alemão (Tratado entre Alemanha e Rússia sobre as regiões da Estônia e Letônia de janeiro de 2020).

O Kaiser Alemão, buscando reorganizar a região, erigiu seu sobrinho na qualidade de primeiro Duque do Báltico (abril de 2020). O novo Duque sagrou-se governante vinte dias depois, mas jamais governou de fato e veio a abdicar menos de um ano depois, em fevereiro de 2021.

Nessa época, a Rússia amargava severo desgaste em seus relacionamentos com a comunidade internacional, colecionando críticas e inimizades em diversas micronações, consequência da postura indecorosa de seu governante, o qual tramava conspirações, agredia vizinhos e apoiava, ainda que de forma velada, atos que buscavam enfraquecer a pax europeia construída através dos acordos em torno do Neuschwanstein. A situação culminou na suspensão temporária e posterior afastamento da Rússia do Congresso de Füssen. Em represália, o Czar denunciou unilateralmente o Tratado entre Alemanha  e Rússia sobre as regiões da Estônia e Letônia, de janeiro de 2020, renunciando às suas prerrogativas, uma vez que a autonomia concedida à região tornara-se irreversível.

Ficava evidente que a tão sonhada estabilidade para as regiões bálticas viria apenas através de um governo realmente comprometido com a região e que, de fato, possuísse um projeto viável para o local, e apenas o Rei da Escandinávia reunia tais características. De modo que, em 31 de janeiro de 2022, por meio do Tratado de Reval, o Rei Bjorn IV dos Nórdicos recebeu as Terras Bálticas como domínio pessoal e foi investido no novo título de Duque da Livônia.

A bela cidade de Reval (Tallínn), local onde o Rei Bjorn IV foi investido Duque da Livônia.

A Escandinávia moderna

Na aurora de seu quarto ano, o Reino da Escandinávia é uma nação respeitada e influente no cenário lusófono. Possui uma base não muito grande, mas bastante satisfatória de cidadãos ativos e comprometidos, o que torna a atividade doméstica interessante e participativa, sem atrapalhar a vida macro de cada um deles.
A Casa Reinante de Nyttland cresceu e estabeleceu renome e respeito, sobretudo com a chegada da Princesa Laguerta, que é Rainha Consorte da Escócia, e o Príncipe Viktor, que é Rei de Deltária, e o Príncipe Hugin, Senescal da Escandinávia.
Entre as outras Casas Nobres, a Casa Nordgaard e a Casa Lothbrock estão esvaziadas, depois que Elizabeth Umbrio deixou a Escandinávia e Henrike Lothbrock desapareceu. A Casa Batland cresce a cada dia, e desde o início da história nórdica controla a Chancelaria, primeiro com o governo de Ander Batland e, atualmente, no governo de William Batland.