Micronacionalismo

Entenda um pouco mais o micronacionalismo

O que é o micronacionalismo?

O conceito de micronacionalismo é bastante amplo e assume diferentes significados em países, grupos ou ideologias distintas. O modelo brasileiro, que se desenvolveu principalmente a partir de 1996 com Porto Claro, entende o micronacionalismo acima de tudo como um hobby, uma atividade de lazer, e se esforça para se afastar de ideologias políticas, secessionistas ou não, que tenham origem no mundo real.

Portanto, para a comunidade brasileira no micromundo, o micronacionalismo é um hobby, no qual se estabelece um modelo em escala reduzida de um país, ou seja, é uma simulação de Estado.

Algumas pessoas adotam a expressão país-modelismo, o que facilita a associação com outros hobbies nos quais se atua com modelos em escala reduzida, como o ferromodelismo (trens) ou o aeromodelismo (aviões), nestes casos de forma um pouco mais literal. A associação, porém, é adequada, já que uma micronação é, de fato, uma espécie de modelo em escala de um Estado real ou imaginário.

Este é o espírito do micronacionalismo enquanto hobby: Ele é uma atividade de lazer, na qual se estabelece um modelo em escala de país, com sua estrutura política, diplomática, econômica e cultural próprias, com todas as possibilidades de interação que este tipo de atividade proporciona.

Como se pratica o micronacionalismo?

Acima de tudo, o micronacionalismo é uma simulação. Por isso, a prática do micronacionalismo enquanto hobby implica em uma infinidade de possibilidades de simulações, as quais surgem da própria concepção de um modelo de representação política de uma sociedade. Por exemplo, existe a possibilidade de simulação de carreiras profissionais, políticas, acadêmicas; a formação de famílias, de partidos políticos, de dinastias, etc.; a simulação da organização da própria estrutura burocrática e funcional do Estado, como o Parlamento por exemplo, e de suas relações diplomáticas.

Sem dúvidas, é dentro do modelo da organização política e administrativa do Estado que surgem as maiores possibilidades de simulação, por meio da disputa pelo poder decisório, da concorrência entre os partidos políticos pela predominância nas instituições coletivas de decisão, da ocupação de cargos de importância.

É muito importante entender que, se no espectro mais amplo, o micronacionalismo é a simulação de países em miniaturas, no espectro mais restrito, ele é a simulação da vida de uma pessoa dentro de um modelo de país também simulado. Em outras palavras, é preciso entender que ao mesmo tempo em que se simula o país, simula-se também a vida pessoal dentro deste país.

E por que eu deveria me tornar um micronacionalista?

Primeiramente, porque é divertido.

O micronacionalismo é um hobby que envolve pessoas que gostam de política, de história, e de relações internacionais. Gente que estuda estes temas e tem prazer, não apenas de debater sobre eles, mas de criar simulações funcionais que envolvem a aplicação desses conhecimentos. É bem verdade, que este não é um hobby para todas as pessoas, pois ele exige conhecimentos de história, de política, de diplomacia e de direito que estão um pouco acima da média. Tanto que muitos dos praticantes são professores, estudantes, advogados, filósofos, empresários, jornalistas ou pessoas que, independente de suas idades, gostam de política e de governo.

Portanto, a diversão não está apenas na simulação em si, mas também na possibilidade de conhecer e se relacionar com pessoas que gostam das mesmas coisas que você.

O micronacionalismo é um jogo?

Muitas das pessoas que chegam ao micronacionalismo vieram dos jogos de estratégia ou dos jogos de RPG e esperam encontrar neste novo hobby o mesmo tipo de experiência e de diversão. Ocorre, porém, que o micronacionalismo não é um jogo, e está ainda mais longe de ser um jogo de estratégia.

No micronacionalismo não existem regras ou manuais, a maneira como você chegará a um modelo de simulação pessoal ou nacional mais verossímil depende exclusivamente de sua criatividade, de seus conhecimentos e de suas motivações. Ele não possui regras definidas, nem objetivos a serem alcançados, nem vitoriosos ou perdedores, e por isso não pode ser encarado como sendo um jogo

É comum, que a micronacionalistas provenientes dos jogos de estratégia optarem por criar países sem nenhuma preocupação com a verossimilhança dos seus dispositivos legais, sociais e culturais, e depois empreendem verdadeiras campanhas de ampliação territorial, como se o fato de possuir um grande território fosse critério para um bom modelo micronacional. Esta prática é equivocada, pois o verdadeiro micronacionalismo está mais preocupado com a verossimilhança de sua simulação que com o tamanho de seu território, já que o micronacionalismo não é um jogo de estratégia.

O micronacionalismo é um RPG?

Antes de prosseguir, é necessário compreender que existe uma certa confusão sobre o conceito de RPG, pois, na verdade, a sigla, que significa “jogo de interpretação de papéis” ou “jogo de representação”, se refere a duas coisas diferentes. Os RPGs eletrônicos são jogos nos quais o jogador controla as ações de um personagem imerso num mundo definido e em uma narrativa aberta, que responde às interferências do personagem do jogador. Os RPGs tradicionais, por sua vez, são jogos nos quais os jogadores assumem papéis de personagens e criam narrativas de forma mais aberta e colaborativa, o progresso de um jogo se dá de acordo com um sistema de regras predeterminado dentro dos quais os jogadores podem improvisar livremente, sendo que as escolhas dos jogadores determinam a direção que o jogo irá tomar.

Mesmo se levarmos em consideração que a simulação da vida de uma pessoa dentro de uma micronação nada mais é do que assumir um papel, como em jogo de RPG tradicional, mesmo assim existem mais diferenças que semelhanças entre esses dois hobbies. O micronacionalismo, por exemplo, não apresenta nenhum código ou sistema de regras, não possui a figura do mestre e nem se trata de uma narrativa.

Trata-se de um movimento político ou separatista?

Muitas micronações, sobretudo nos Estados Unidos e na Europa onde existe uma compreensão diferente sobre o micronacionalismo, acabaram por se tornar verdadeiros movimentos secessionistas ou mesmo começaram a reclamar territórios reais. Isso ocorre com o Principado de Sealand, por exemplo, uma micronação localizada no Mar do Norte a qual alcançou certa fama em noticiários sobre o tema (https://pt.wikipedia.org/wiki/Principado_de_Sealand).

Este, porém, não é o modelo de micronacionalismo adotado pela maioria dos praticantes brasileiros do hobby e, muito menos, pelo Reino Micronacional da Escandinávia. O micronacionalismo não é um movimento político, um movimento separatista ou uma guerrilha. O micromundo é um mundo à parte, uma ficção e, em nenhum momento, intencionamos atentar contra o governo Brasileiro, dos países nórdicos, ou contra qualquer outra instituição do mundo real.

Como eu me torno um micronacionalista?

A maneira mais adequada é buscando uma micronação constituída e se tornando um microcidadão dela. Se você se interessar pela cultura nórdica e pelo modelo monárquico, pode se tornar um cidadão do Reino da Escandinávia, mande um email para nós se apresentando e solicitando a sua microcidadania: terranova.gov@gmail.com.

Solicite a sua microcidadania nórdica: